Gabarito do Enem será divulgado ainda nesta sexta, diz MEC
Exame e divulgação do gabarito haviam sido suspensos pela Justiça.
Espaço para reclamações também estará disponível nesta sexta.
O gabarito das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a página para reclamações de estudantes que se sentiram prejudicados pelo erro na folha de respostas devem ser lançados ainda nesta sexta-feira (12), de acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC).
A prova e todos os procedimentos referentes ao Enem haviam sido suspensos, em todo o país, no início desta semana, depois de uma liminar concedida pela Justiça Federal do Ceará. Nesta sexta, o presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, desembargador Luiz Alberto Gurgel de Faria, derrubou a liminar e liberou o Enem.
Cerca de 3,3 milhões de estudantes participaram do Enem 2010, que ocorreu no último fim de semana. Logo depois da primeira prova, no sábado, alguns inscritos reclamaram de erros na folha de respostas e no caderno de provas amarelo.
No Twitter, nesta sexta, o MEC destacou que "só precisa fazer requerimento quem preencheu questões de Ciências Humanas/Ciências da Natureza na ordem inversa do cartão-resposta".
Estudantes que fizeram a prova amarela reclamaram que faltavam questões, outras estavam repetidas, a sequência numérica estava errada e havia, inclusive, páginas da prova branca incluídas no mesmo caderno. A estimativa é que cerca de 2 mil alunos tiveram problemas com a prova amarela e devem realizar um novo exame.
Segund o MEC, a aplicação dessas provas ainda não tem data marcada, mas não deve demorar. A expectativa é que o novo exame possa ser feito para esse grupo nos dias 4 e 5 de dezembro, data a ser confirmada pelas autoridades.
Entenda como o Banco Panamericano
A prova e todos os procedimentos referentes ao Enem haviam sido suspensos, em todo o país, no início desta semana, depois de uma liminar concedida pela Justiça Federal do Ceará. Nesta sexta, o presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, desembargador Luiz Alberto Gurgel de Faria, derrubou a liminar e liberou o Enem.
Cerca de 3,3 milhões de estudantes participaram do Enem 2010, que ocorreu no último fim de semana. Logo depois da primeira prova, no sábado, alguns inscritos reclamaram de erros na folha de respostas e no caderno de provas amarelo.
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Na folha de respostas, os enunciados das áreas de conhecimentos estavam invertidos, na comparação com o caderno de questões. Alguns alunos alegam que preencheram o gabarito de forma invertida. O MEC havia informado que abriria uma página na internet para receber pedidos de correção invertida e que os casos seriam avaliados separadamente. O espaço virtual deveria ser lançado na quarta-feira (10) mas, por causa da decisão judicial, não foi publicado.No Twitter, nesta sexta, o MEC destacou que "só precisa fazer requerimento quem preencheu questões de Ciências Humanas/Ciências da Natureza na ordem inversa do cartão-resposta".
Estudantes que fizeram a prova amarela reclamaram que faltavam questões, outras estavam repetidas, a sequência numérica estava errada e havia, inclusive, páginas da prova branca incluídas no mesmo caderno. A estimativa é que cerca de 2 mil alunos tiveram problemas com a prova amarela e devem realizar um novo exame.
Segund o MEC, a aplicação dessas provas ainda não tem data marcada, mas não deve demorar. A expectativa é que o novo exame possa ser feito para esse grupo nos dias 4 e 5 de dezembro, data a ser confirmada pelas autoridades.
Entenda como o Banco Panamericano
mergulhou na dívida de R$ 2,5 bilhões
Instituição financeira de Silvio Santos terá dez anos para pagar fundo privado
Do R7
O Banco Panamericano anunciou nesta terça-feira (9) que receberá um empréstimo de R$ 2,5 bilhões do Grupo Silvio Santos, seu acionista controlador, para equilibrar as contas da instituição financeira.
A fonte dos recursos será o FGC (Fundo Garantidor de Crédito), uma reserva guardada pelos bancos brasileiros para garantir crédito a acionistas e clientes em caso de problemas com algum associado. O Grupo Silvio Santos, por sua vez, deu como garantia de pagamento para o empréstimo todos os seus bens.
O patrimônio do empresário Silvio Santos inclui, além do próprio banco, as lojas do Baú da Felicidade, a marca de cosméticos Jequiti, a rede de TV SBT, o Centro Cultural Grupo Silvio Santos, a imobiliária Sisan, a Liderança capitalização (administradora da Tele-Sena), a Braspag (empresa de pagamentos para e-commerce e call center), o Auto Moto Shopping Vimave (venda de veículos) e o Guarujá Jequitimar (hotel), entre outros. No total, as garantias somam R$ 2,7 bilhões.
O Grupo Silvio Santos terá dez anos para liquidar a dívida com o FGC, com carência de três anos – ou seja, a cobrança só começa após esse prazo. Não haverá incidência de juros sobre esse dinheiro, somente reajustes a partir da inflação do aluguel, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado).
Em setembro, o empresário se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, e supostamente, naquela ocasião, discutiu uma ajuda financeira para o banco, que dava indícios de dificuldades para fechar as contas - fato que foi negado por Lula.
Nesta quarta-feira (10), começaram a surgir as principais hipóteses para o “golpe do baú” no braço financeiro do império de Silvio Santos. A principal suspeita do mercado seria uma suposta fraude nos resultados da empresa - feita por diretores - para melhorar os bônus que os executivos recebem no fim do ano.
Entenda a fraude
O Panamericano, que sempre teve como pilar as operações de crédito consignado e de financiamentos de veículos e de imóveis para as classes C e D, vendia carteiras de crédito para outros bancos - entre eles, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e HSBC -, mas não dava baixa no balanço.
Como o banco não levantava os recursos para empréstimos por meio dos depósitos feitos por correntistas, ele vendia parte de suas carteiras, que são como um “pacote” de empréstimos que têm um prazo para ser totalmente devolvido. Como o banco quer o dinheiro no menor tempo possível, ele “vende” o prazo.
Imagine um pacote de empréstimos que vale R$ 10, mas que será devolvido em R$ 1 por ano, ou seja, nos próximos dez anos. Para ter o dinheiro já, o banco vende tudo por R$ 5 agora, embolsa esse dinheiro e quem comprou assume o risco de os outros R$ 5 serem pagos.
O que ocorreu foi que parte dessas carteiras, mesmo já repassada adiante, continuava entre os ativos do banco, sendo considerada como “pronta para ser vendida”. Mas, na verdade, ela não pertencia mais ao banco.
A fonte dos recursos será o FGC (Fundo Garantidor de Crédito), uma reserva guardada pelos bancos brasileiros para garantir crédito a acionistas e clientes em caso de problemas com algum associado. O Grupo Silvio Santos, por sua vez, deu como garantia de pagamento para o empréstimo todos os seus bens.
O patrimônio do empresário Silvio Santos inclui, além do próprio banco, as lojas do Baú da Felicidade, a marca de cosméticos Jequiti, a rede de TV SBT, o Centro Cultural Grupo Silvio Santos, a imobiliária Sisan, a Liderança capitalização (administradora da Tele-Sena), a Braspag (empresa de pagamentos para e-commerce e call center), o Auto Moto Shopping Vimave (venda de veículos) e o Guarujá Jequitimar (hotel), entre outros. No total, as garantias somam R$ 2,7 bilhões.
O Grupo Silvio Santos terá dez anos para liquidar a dívida com o FGC, com carência de três anos – ou seja, a cobrança só começa após esse prazo. Não haverá incidência de juros sobre esse dinheiro, somente reajustes a partir da inflação do aluguel, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado).
Em setembro, o empresário se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, e supostamente, naquela ocasião, discutiu uma ajuda financeira para o banco, que dava indícios de dificuldades para fechar as contas - fato que foi negado por Lula.
Nesta quarta-feira (10), começaram a surgir as principais hipóteses para o “golpe do baú” no braço financeiro do império de Silvio Santos. A principal suspeita do mercado seria uma suposta fraude nos resultados da empresa - feita por diretores - para melhorar os bônus que os executivos recebem no fim do ano.
Essa fraude de R$ 2,5 bilhões, que quase levou o banco Panamericano à falência, pode ter começado há três ou quatro anos, segundo investigação do BC.
Entenda a fraude
O Panamericano, que sempre teve como pilar as operações de crédito consignado e de financiamentos de veículos e de imóveis para as classes C e D, vendia carteiras de crédito para outros bancos - entre eles, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e HSBC -, mas não dava baixa no balanço.
Como o banco não levantava os recursos para empréstimos por meio dos depósitos feitos por correntistas, ele vendia parte de suas carteiras, que são como um “pacote” de empréstimos que têm um prazo para ser totalmente devolvido. Como o banco quer o dinheiro no menor tempo possível, ele “vende” o prazo.
Imagine um pacote de empréstimos que vale R$ 10, mas que será devolvido em R$ 1 por ano, ou seja, nos próximos dez anos. Para ter o dinheiro já, o banco vende tudo por R$ 5 agora, embolsa esse dinheiro e quem comprou assume o risco de os outros R$ 5 serem pagos.
O que ocorreu foi que parte dessas carteiras, mesmo já repassada adiante, continuava entre os ativos do banco, sendo considerada como “pronta para ser vendida”. Mas, na verdade, ela não pertencia mais ao banco.
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