Espaço do Internauta

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Principais Manchestes, 03/11/2010

Falhas no atendimento dos planos

Saúde // Ineficácia nos serviços ocorrem sem que ANS atue para preservar direitos de clientes
Gustavo Henrique Braga

Alegislação ineficaz, agravada pela leniência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), tem levado o sistema privado de saúde a um patamar tão caótico quanto aquele em que se encontra o sistema público. A farra das operadoras e seguradoras é generalizada: negativa de cobertura injustificada, rede credenciada aquém do necessário, demora de meses para a marcação de consultas, reajustes abusivos, além de descredenciamento constante de médicos por motivo de baixa remuneração figuram na lista dos problemas mais comuns enfrentados pelos usuários. O resultado é que o atendimento de qualidade se transformou em um privilégio para poucos, a custo de quantias astronômicas, sob pena de o paciente ficar com sequelas ou até morrer.

Maria da Conceição Freitas está há seis meses tentando autorizar um tratamento Foto: Adauto Cruz/CB/D.A Press - 28/10/10

Maria da Conceição Freitas da Silva, 39 anos, moradora de Ceilândia, relata que luta há cerca de oito meses para conseguir autorização do plano para fazer o procedimento de ureterotomia, necessário para dar continuidade ao tratamento que ela realiza desde que removeu um dos rins. Apesar de gastar quase R$ 600 por mês, com dois planos de saúde, sem contar os impostos que deveriam ser revertidos em atendimento pelo sistema público, ela corre o risco de perder o único que rim que tem devido à burocracia do sistema.

"O médico que fazia o meu tratamento, há sete anos, pela Geap, não aceita mais o plano, sob alegação de baixa remuneração. Com isso, em fevereiro, contratei a Sul América, seguradora pela qual o médico que quero atende, mas eles não autorizam o procedimento sem qualquer justificativa plausível", desabafou. Fora do plano o gasto para o tratamento de Maria supera os R$ 10 mil. "Já tentei reclamar com a ANS, mas a agência cobrava tantos detalhes, como os códigos do médico, do hospital e do plano, que desisti diante da burocracia. A data de troca do cateter venceu há dois meses e não sei mais o que fazer para não perder o rim", emendou.

Procurada pelo Correio/Diario, a Sul América afirmou que recebeu o pedido de autorização do procedimento em 13 de agosto e que todo o processo ocorreu dentro das normas e prazos estabelecidos pela ANS. A companhia disse ainda que o pedido foi atendido em 18 de outubro. Maria, entretanto, contesta a resposta da Sul América. "Quando eu ligo, eles dizem que está tudo certo, mas na hora de marcar o procedimento, a equipe do hospital afirma que o plano não autorizou", afirmou.


Natal // Eletrônicos estão mais baratos

São Paulo - Com R$ 14,3 bilhões a mais no bolso neste fim de ano em relação ao Natal de 2009, o brasileiro vai gastar menos para levar para casa eletrônicos e itens de informática de melhor qualidade e com preços quase 50% menores em relação aos do ano passado. O poder de consumo do brasileiro aumentou com o avanço do emprego e dos reajustes de salário acima da inflação. Com isso, os consumidores receberão R$ 14,3 bilhões a mais no 13º salário de 2010 do que no ano passado, já descontada a inflação. Esse aumento de renda deve garantir o maior Natal da história, apesar da queda de preços dos produtos. A receita do varejo em dezembro deve atingir R$ 88,2 bilhões e crescer 10,8% em relação a 2009, segundo projeções do economista da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, Altamiro Carvalho.

Diario Econômico // A Hora do Nordeste
Aldo Paes Barreto
mailto:aldo@diariodepernambuco.com.br


Não seria exagero dizer que o Nordeste deu a vitória a Dima, muito menos que o trabalho dos governadores foi decisivo. Agora, essa maioria deveria estar credenciada para convergir em favor da região. Arquivaria velhas birras paroquiais envolvendo embates fiscais e se uniria por investimentos. A começar pela partilha dos royalties do pré-sal. Fragilizado por históricos problemas, o Nordeste só terá alguma força se todos os estados se unirem em busca de soluções permanentes para os problemas comuns. Deixaria para trás os atalhos percorridos, buscaria a distribuição constitucional das verbas federais, restauraria a verdadeira Sudene, colocaria a Transnordestina nos trilhos e faria irreversível a transposição do São Francisco.

Apesar do reino do faz-de-conta que o período eleitoral sugeriu, é preciso acreditar na inauguração de novos tempos. Tempo em que esse conjunto de obras exerceria fundamental papel no desenvolvimento regional, livre de nefastas influências políticas, repensando o Nordeste com um todo, privilegiando vocações, selecionando potencialidades, buscando enfim o crescimento social para a região e não apenas o acesso guloso ao consumo.Talvez seja excesso de crença, mas se todas essas promessas caírem na vala do esquecimento, é hora de cuidar de outras indústrias que já fazem amplo sucesso por estas bandas. A dos equipamentos de segurança, dos carros blindados, das cercas eletrificadas. Indispensáveis para o Brasil seguir dividido entre Norte e Sul, entre pobres e ricos.

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