Saúde // Ineficácia nos serviços ocorrem sem que ANS atue para preservar direitos de clientes
Gustavo Henrique Braga
Gustavo Henrique Braga
Alegislação ineficaz, agravada pela leniência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), tem levado o sistema privado de saúde a um patamar tão caótico quanto aquele em que se encontra o sistema público. A farra das operadoras e seguradoras é generalizada: negativa de cobertura injustificada, rede credenciada aquém do necessário, demora de meses para a marcação de consultas, reajustes abusivos, além de descredenciamento constante de médicos por motivo de baixa remuneração figuram na lista dos problemas mais comuns enfrentados pelos usuários. O resultado é que o atendimento de qualidade se transformou em um privilégio para poucos, a custo de quantias astronômicas, sob pena de o paciente ficar com sequelas ou até morrer.
Maria da Conceição Freitas está há seis meses tentando autorizar um tratamento Foto: Adauto Cruz/CB/D.A Press - 28/10/10 |
Maria da Conceição Freitas da Silva, 39 anos, moradora de Ceilândia, relata que luta há cerca de oito meses para conseguir autorização do plano para fazer o procedimento de ureterotomia, necessário para dar continuidade ao tratamento que ela realiza desde que removeu um dos rins. Apesar de gastar quase R$ 600 por mês, com dois planos de saúde, sem contar os impostos que deveriam ser revertidos em atendimento pelo sistema público, ela corre o risco de perder o único que rim que tem devido à burocracia do sistema.
"O médico que fazia o meu tratamento, há sete anos, pela Geap, não aceita mais o plano, sob alegação de baixa remuneração. Com isso, em fevereiro, contratei a Sul América, seguradora pela qual o médico que quero atende, mas eles não autorizam o procedimento sem qualquer justificativa plausível", desabafou. Fora do plano o gasto para o tratamento de Maria supera os R$ 10 mil. "Já tentei reclamar com a ANS, mas a agência cobrava tantos detalhes, como os códigos do médico, do hospital e do plano, que desisti diante da burocracia. A data de troca do cateter venceu há dois meses e não sei mais o que fazer para não perder o rim", emendou.
Procurada pelo Correio/Diario, a Sul América afirmou que recebeu o pedido de autorização do procedimento em 13 de agosto e que todo o processo ocorreu dentro das normas e prazos estabelecidos pela ANS. A companhia disse ainda que o pedido foi atendido em 18 de outubro. Maria, entretanto, contesta a resposta da Sul América. "Quando eu ligo, eles dizem que está tudo certo, mas na hora de marcar o procedimento, a equipe do hospital afirma que o plano não autorizou", afirmou.
Natal // Eletrônicos estão mais baratos
São Paulo - Com R$ 14,3 bilhões a mais no bolso neste fim de ano em relação ao Natal de 2009, o brasileiro vai gastar menos para levar para casa eletrônicos e itens de informática de melhor qualidade e com preços quase 50% menores em relação aos do ano passado. O poder de consumo do brasileiro aumentou com o avanço do emprego e dos reajustes de salário acima da inflação. Com isso, os consumidores receberão R$ 14,3 bilhões a mais no 13º salário de 2010 do que no ano passado, já descontada a inflação. Esse aumento de renda deve garantir o maior Natal da história, apesar da queda de preços dos produtos. A receita do varejo em dezembro deve atingir R$ 88,2 bilhões e crescer 10,8% em relação a 2009, segundo projeções do economista da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, Altamiro Carvalho.
Diario Econômico // A Hora do Nordeste
Diario Econômico // A Hora do Nordeste
Aldo Paes Barreto
mailto:aldo@diariodepernambuco.com.br
Não seria exagero dizer que o Nordeste deu a vitória a Dima, muito menos que o trabalho dos governadores foi decisivo. Agora, essa maioria deveria estar credenciada para convergir em favor da região. Arquivaria velhas birras paroquiais envolvendo embates fiscais e se uniria por investimentos. A começar pela partilha dos royalties do pré-sal. Fragilizado por históricos problemas, o Nordeste só terá alguma força se todos os estados se unirem em busca de soluções permanentes para os problemas comuns. Deixaria para trás os atalhos percorridos, buscaria a distribuição constitucional das verbas federais, restauraria a verdadeira Sudene, colocaria a Transnordestina nos trilhos e faria irreversível a transposição do São Francisco.
Apesar do reino do faz-de-conta que o período eleitoral sugeriu, é preciso acreditar na inauguração de novos tempos. Tempo em que esse conjunto de obras exerceria fundamental papel no desenvolvimento regional, livre de nefastas influências políticas, repensando o Nordeste com um todo, privilegiando vocações, selecionando potencialidades, buscando enfim o crescimento social para a região e não apenas o acesso guloso ao consumo.Talvez seja excesso de crença, mas se todas essas promessas caírem na vala do esquecimento, é hora de cuidar de outras indústrias que já fazem amplo sucesso por estas bandas. A dos equipamentos de segurança, dos carros blindados, das cercas eletrificadas. Indispensáveis para o Brasil seguir dividido entre Norte e Sul, entre pobres e ricos.
mailto:aldo@diariodepernambuco.com.br
Não seria exagero dizer que o Nordeste deu a vitória a Dima, muito menos que o trabalho dos governadores foi decisivo. Agora, essa maioria deveria estar credenciada para convergir em favor da região. Arquivaria velhas birras paroquiais envolvendo embates fiscais e se uniria por investimentos. A começar pela partilha dos royalties do pré-sal. Fragilizado por históricos problemas, o Nordeste só terá alguma força se todos os estados se unirem em busca de soluções permanentes para os problemas comuns. Deixaria para trás os atalhos percorridos, buscaria a distribuição constitucional das verbas federais, restauraria a verdadeira Sudene, colocaria a Transnordestina nos trilhos e faria irreversível a transposição do São Francisco.
Apesar do reino do faz-de-conta que o período eleitoral sugeriu, é preciso acreditar na inauguração de novos tempos. Tempo em que esse conjunto de obras exerceria fundamental papel no desenvolvimento regional, livre de nefastas influências políticas, repensando o Nordeste com um todo, privilegiando vocações, selecionando potencialidades, buscando enfim o crescimento social para a região e não apenas o acesso guloso ao consumo.Talvez seja excesso de crença, mas se todas essas promessas caírem na vala do esquecimento, é hora de cuidar de outras indústrias que já fazem amplo sucesso por estas bandas. A dos equipamentos de segurança, dos carros blindados, das cercas eletrificadas. Indispensáveis para o Brasil seguir dividido entre Norte e Sul, entre pobres e ricos.
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