Alívio para as crises de asma na gravidez
Marcionila Teixeira
marcionilateixeira.pe@dabr.com.br
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As gestantes que têm o problema passaram a contar com ambulatório específico no Hospital das Clínicas, no Recife
O comportamento da asma na paciente grávida ainda é uma incógnita para os médicos. Em Pernambuco, praticamente não há estudos sobre o assunto e muitas mulheres que têm a doença terminam adiando o sonho de ter um filho por medo de passarem mal ao longo dos nove meses de espera pelo bebê. Outras enfrentam problemas ao longo da gestação porque não têm um pré-natal adequado. Estima-se que 8% das gestantes no país tenham asma. O Hospital das Clínicas (HC) deu um passo pioneiro no estado ao inaugurar o ambulatório de asma na gravidez, uma subdivisão do ambulatório de pré-natal de alto risco, que funciona no 2º andar do HC. O espaço já está atendendo mulheres que venham encaminhadas da rede pública ou mesmo da rede privada, que também carece de um espaço tão especializado.
O grande diferencial do ambulatório é que a gestante terá ao mesmo tempo acesso a informações de uma equipe de obstetras e de um pneumologista especialista na área de asma, o médico Ângelo Rizzo. Além disso, no local ela poderá ser submetida a exames específicos, como testes alérgicos e o de espirometria, que avalia a função pulmonar e não é encontrado em muitas unidades de saúde. ´O exame de espirometria é muito comum para o pneumologista, por exemplo, mas não para o obstetra`, disse Mauro Aguiar, professor de obstetrícia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e integrante da equipe que vai atuar no ambulatório. Serão distribuídas oito fichas por semana e as mulheres precisam ir ao ambulatório com o encaminhamento de um médico para marcar a consulta.
O espaço deve ser transformado em centro de referência nesse tipo de atendimento e mais tarde servirá como banco de dados para pesquisas sobre o assunto. ´Sempre existiu uma lacuna no atendimento da gestante asmática, pois o obstetra não se sente à vontade para receitar remédios para a paciente com a doença e o mesmo acontece com o pneumologista`, explicou Mauro Aguiar.
Mistério
A reunião de dois tipos de especialistas em um só atendimento deve responder aos poucos muitas perguntas ainda sem resposta na medicina. Isso porque dados nacionais citados pelo médico Mauro Aguiar apontam que 1/3 das gestantes tem o quadro de asma agravado ao longo da espera pelo bebê, mais 1/3 tende a ter melhoras no estado de saúde durante a gestação e outras mulheres não observam alteração do comportamento da doença enquanto estão grávidas.
Maria Severina da Silva, 27, está no sétimo mês da gravidez. Ela está encaixada no grupo de 1/3 de mulheres que tiveram melhoras no estado de saúde durante a gravidez. ´Já precisei usar bombinha várias vezes antes de engravidar. Agora não sinto mais cansaço`, comemorou. Prevenida, ela avisou ao médico que a acompanha no pré-natal que sofre de asma.
Apesar das muitas perguntas ainda sem resposta para a asma, o segredo para tratar a gestante com a doença é controlar os sintomas. ´Na crise, usamos remédio que dilata os brônquios, igual ao que fazemos em pacientes não-grávidas. O importante é que a gestante não passe por essa situação`, diz Aguiar.
Serviço
Ambulatório de Asma na Gravidez
2º andar do Hospital das Clínicas
Fone: 2126.3970
Atendimento: segunda-feira, das 13h às 17h
Outros hospitais de referência em atendimento de mulheres com pré-natal de risco: Agamenon Magalhães, Barão de Lucena, Imip e Cisam
O grande diferencial do ambulatório é que a gestante terá ao mesmo tempo acesso a informações de uma equipe de obstetras e de um pneumologista especialista na área de asma, o médico Ângelo Rizzo. Além disso, no local ela poderá ser submetida a exames específicos, como testes alérgicos e o de espirometria, que avalia a função pulmonar e não é encontrado em muitas unidades de saúde. ´O exame de espirometria é muito comum para o pneumologista, por exemplo, mas não para o obstetra`, disse Mauro Aguiar, professor de obstetrícia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e integrante da equipe que vai atuar no ambulatório. Serão distribuídas oito fichas por semana e as mulheres precisam ir ao ambulatório com o encaminhamento de um médico para marcar a consulta.
O espaço deve ser transformado em centro de referência nesse tipo de atendimento e mais tarde servirá como banco de dados para pesquisas sobre o assunto. ´Sempre existiu uma lacuna no atendimento da gestante asmática, pois o obstetra não se sente à vontade para receitar remédios para a paciente com a doença e o mesmo acontece com o pneumologista`, explicou Mauro Aguiar.
Mistério
A reunião de dois tipos de especialistas em um só atendimento deve responder aos poucos muitas perguntas ainda sem resposta na medicina. Isso porque dados nacionais citados pelo médico Mauro Aguiar apontam que 1/3 das gestantes tem o quadro de asma agravado ao longo da espera pelo bebê, mais 1/3 tende a ter melhoras no estado de saúde durante a gestação e outras mulheres não observam alteração do comportamento da doença enquanto estão grávidas.
Maria Severina da Silva, 27, está no sétimo mês da gravidez. Ela está encaixada no grupo de 1/3 de mulheres que tiveram melhoras no estado de saúde durante a gravidez. ´Já precisei usar bombinha várias vezes antes de engravidar. Agora não sinto mais cansaço`, comemorou. Prevenida, ela avisou ao médico que a acompanha no pré-natal que sofre de asma.
Apesar das muitas perguntas ainda sem resposta para a asma, o segredo para tratar a gestante com a doença é controlar os sintomas. ´Na crise, usamos remédio que dilata os brônquios, igual ao que fazemos em pacientes não-grávidas. O importante é que a gestante não passe por essa situação`, diz Aguiar.
Serviço
Ambulatório de Asma na Gravidez
2º andar do Hospital das Clínicas
Fone: 2126.3970
Atendimento: segunda-feira, das 13h às 17h
Outros hospitais de referência em atendimento de mulheres com pré-natal de risco: Agamenon Magalhães, Barão de Lucena, Imip e Cisam
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