Derrotados da eleição – parte final
O fracasso do 'ecumenismo'
Essa turma toda que saiu derrotada da eleição pode buscar algum refúgio espiritual em Silas Malafaia, o pastor que usou seu programa de TV para, ilegalmente, conclamar seus fiéis a votarem em Serra.
Ou pedir a benção do bispo de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, que mandou imprimir 2 milhões de cópias do panfleto anti-Dilma “Apelo a todos os brasileiros e brasileiras”. Aquilo, sim, foi apelação!
Na calada da Band, Malafaia bradou argumentos homofóbicos contra Dilma. E julgou Serra "mais preparado". Foi apressado demais e, no dia seguinte, o tucano deu seu apoio à união civil entre homossexuais. Vergonha alheia.
Malafaia apoiou Marina Silva até onde deu. Os dois são integrantes do mesmo grupo evangélico. Só que, passado um tempo, foi seduzido por sua santidade, o Serra. E aí caiu em tentação de vez: se uniu com orgulho aos padres e cardeais católicos contra Dilma. Foi para a campanha de Serra de corpo e alma.
Quando surgiram as boatarias criminosas na internet contra Dilma, Malafaia fez cara de santo. Uma delas espalhava que a candidata do PT havia dito que nem Deus tiraria sua vitória. Depois, a imprensa denunciou uma central para comprar pastores no centro de São Paulo. O pastor entrega os votos do seu rebanho e, em troca, leva um trocado. Malafaia mais uma vez posou de santo. Imaculado Malafaia.
O bispo católico Bergonzini também jogou pesado. A Polícia Federal apreendeu mais de 1 milhão de panfletos ilegais em uma gráfica de tucanos. Era uma encomenda da Diocese de Guarulhos. Crime eleitoral. Isso é exemplo que se dê ao rebanho?
A História está cheia de exemplos macabros de onde isso vai parar. Não por acaso, enquanto Malafaia e Bergonzini excomungavam Dilma, dos olhos deles saiam labaredas de ódio. Lembravam fogueiras.
O fato é que esse discurso da intolerância foi derrotado nas urnas. O país amadureceu, e a liberdade de culto saiu fortalecida. Os falsos profetas se deram mal.
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