A família de uma idosa que morreu no Posto de Atendimento Médico (PAM)
de São João de Meriti, na Baixada Fluminense (RJ), na tarde deste
domingo, acusa uma estagiária da unidade de aplicar, por engano, café
com leite na veia da paciente. Palmerina Pires Ribeiro, de 80 anos,
estava internada desde 3 de outubro com pneumonia e problemas renais.
Segundo os parentes, o estado dela era grave, mas Palmerina estava
consciente e se recuperando. A manicure Ângela Batista, de 39 anos,
disse que a avó teria alta nesta segunda-feira:
"Ela já estava falando e reconhecendo as pessoas, mas, no sábado, o médico achou melhor colocar a sonda porque ela não estava se alimentando direito. Por volta das 16h, uma estagiária foi dar o lanche da tarde aos pacientes e, em vez de aplicar o café com leite na sonda, aplicou na veia, onde deveria ser injetado medicamento. Na mesma hora, ela começou a se debater.
Uma das filhas de Palmerina, Ilma Ribeiro, de 54 anos, disse que, logo após o erro, a mãe começou a ter convulsões em questão de segundos, e morreu quatro horas depois.
"Ela começou a passar mal muito rápido. A partir daí, minha irmã, que estava com ela no quarto, foi olhar o soro e viu que tinha um líquido marrom dentro e, em cima da mesa, ao lado da cama da minha mãe, tinha um copo vazio, que era de café com leite. Assim que ela percebeu o engano, ela começou a gritar, pedindo ajuda. Mas nada foi feito", completou.
Gislane Ribeiro, de 33 anos, neta de Palmerina, conta ainda que, na tentativa de reverter a situação, o médico orientou a família a buscar um medicamento no Hospital Geral de Bonsucesso, já que a unidade não tinha o remédio.
"O médico me deu a receita por volta das 19h, dizendo que não tinha o medicamento no hospital. Agora a direção disse que eles tinham dentro da unidade e que aplicaram nela. Isso é mentira", afirmou Gislane.
A idosa deixou 16 filhos, 40 netos e 10 bisnetos. O corpo será velado a partir das 18h na Igreja Batista Teles de Menezes e será sepultado às 10h de terça-feira no Cemitério de Vila Rosali.
A direção do PAM se reuniu com a família na manhã desta segunda-feira e disse que tinha o medicamento e que ele foi aplicado na senhora. No entanto, nenhum prontuário nem laudo foi entregue aos parentes de Palmerina.
A prefeitura de São João de Meriti, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informou que está sendo aberta sindicância administrativa para esclarecer o caso e que tanto a estagiária técnica de enfermagem como as enfermeiras supervisoras de estágio e de plantão na unidade de saúde foram afastadas de suas funções.
O delegado-titular da 64ª DP (São João de Meriti), Alexandre Ziehe, vai ouvir, nesta segunda-feira, o depoimento de funcionários do posto para começar a apurar as circunstâncias da morte. A família registrou queixa de homicídio doloso.
O caso de Palmerina lembra outro ocorrido também com uma idosa na semana passada. Ilda Vitor Maciel, de 88 anos, recebeu sopa na veia do braço direito enquanto estava internada na Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa, no Sul Fluminense. A família acusa uma técnica de enfermagem do hospital de erro médico. Ilda estava internada desde o dia 27 de setembro, após sofrer Acidente Vascular Encefálico (AVC) que paralisou um lado de seu corpo, e morreu 12 horas após receber a sopa na veia. Parentes da aposentada vão entrar com uma ação contra a Santa Casa com pedido de indenização por causa da morte da idosa. Ilda foi enterrada na última terça-feira, no Cemitério Municipal de Barra Mansa.
"Ela já estava falando e reconhecendo as pessoas, mas, no sábado, o médico achou melhor colocar a sonda porque ela não estava se alimentando direito. Por volta das 16h, uma estagiária foi dar o lanche da tarde aos pacientes e, em vez de aplicar o café com leite na sonda, aplicou na veia, onde deveria ser injetado medicamento. Na mesma hora, ela começou a se debater.
Uma das filhas de Palmerina, Ilma Ribeiro, de 54 anos, disse que, logo após o erro, a mãe começou a ter convulsões em questão de segundos, e morreu quatro horas depois.
"Ela começou a passar mal muito rápido. A partir daí, minha irmã, que estava com ela no quarto, foi olhar o soro e viu que tinha um líquido marrom dentro e, em cima da mesa, ao lado da cama da minha mãe, tinha um copo vazio, que era de café com leite. Assim que ela percebeu o engano, ela começou a gritar, pedindo ajuda. Mas nada foi feito", completou.
Gislane Ribeiro, de 33 anos, neta de Palmerina, conta ainda que, na tentativa de reverter a situação, o médico orientou a família a buscar um medicamento no Hospital Geral de Bonsucesso, já que a unidade não tinha o remédio.
"O médico me deu a receita por volta das 19h, dizendo que não tinha o medicamento no hospital. Agora a direção disse que eles tinham dentro da unidade e que aplicaram nela. Isso é mentira", afirmou Gislane.
A idosa deixou 16 filhos, 40 netos e 10 bisnetos. O corpo será velado a partir das 18h na Igreja Batista Teles de Menezes e será sepultado às 10h de terça-feira no Cemitério de Vila Rosali.
A direção do PAM se reuniu com a família na manhã desta segunda-feira e disse que tinha o medicamento e que ele foi aplicado na senhora. No entanto, nenhum prontuário nem laudo foi entregue aos parentes de Palmerina.
A prefeitura de São João de Meriti, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informou que está sendo aberta sindicância administrativa para esclarecer o caso e que tanto a estagiária técnica de enfermagem como as enfermeiras supervisoras de estágio e de plantão na unidade de saúde foram afastadas de suas funções.
O delegado-titular da 64ª DP (São João de Meriti), Alexandre Ziehe, vai ouvir, nesta segunda-feira, o depoimento de funcionários do posto para começar a apurar as circunstâncias da morte. A família registrou queixa de homicídio doloso.
O caso de Palmerina lembra outro ocorrido também com uma idosa na semana passada. Ilda Vitor Maciel, de 88 anos, recebeu sopa na veia do braço direito enquanto estava internada na Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa, no Sul Fluminense. A família acusa uma técnica de enfermagem do hospital de erro médico. Ilda estava internada desde o dia 27 de setembro, após sofrer Acidente Vascular Encefálico (AVC) que paralisou um lado de seu corpo, e morreu 12 horas após receber a sopa na veia. Parentes da aposentada vão entrar com uma ação contra a Santa Casa com pedido de indenização por causa da morte da idosa. Ilda foi enterrada na última terça-feira, no Cemitério Municipal de Barra Mansa.
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