O grupo estrangeiro
Ghanei arrematou o parque industrial e pretende investir da produção de
açúcar em Pernambuco. Os empresários têm até 30 dias para fazer o
pagamento
Juliana Cavalcanti do diario de pernambuco
A
Usina Catende foi finalmente arrematada nesta terça-feira (30), na
quarta tentativa de venda através de leilão realizada pelo Tribunal de
Justiça de Pernambuco (TJPE). O grupo estrangeiro Ghanei – que atua há
30 anos na compra e venda de açúcar no mercado internacional – ofereceu
R$ 40 milhões pela planta industrial. Esse foi o único lance registrado.
O leiloeiro João Dias Martins abriu com um lance de R$ 65,5 milhões, mas para esta proposta não houve comprador. Numa segunda tentativa, o preço foi reduzido em 60%, sendo reiniciada a venda com lance mínimo de R$ 39.313.800. Desta vez, o representante da Ghanei deu lance de R$ 40 milhões e o martelo foi batido.
Após analisar a operação financeira que será necessária para a efetuação da compra de Catende, o juiz Sílvio Romero Beltrão Filho decidiu aceitar a proposta do grupo de Dubai, que pretende investir da produção de açúcar em Pernambuco. Os empresários têm até 30 dias para fazer o pagamento, à vista, que será efetuado através de transferência internacional monitorada pelo Banco Central. O grupo Ghanei atua no mercado de compra e venda de açúcar e álcool há 30 anos. Quem representou os compradores durante o leilão foi um representante do grupo Braz Sugar Usina de Álcool e Bioenergia Ltda.
O lote vendido nesta terça-feira era composto por bens da massa falida de Catende, composto de propriedade rural, área industrial, máquinas e equipamentos, instalações complementares, veículos e equipamentos agrícolas. Nas tentativas anteriores, realizadas neste ano, não apareceram compradores. Mesmo o valor de R$ 40 milhões era considerado alto para o mercado local, devido à depreciação dos equipamentos da usina (considerados antigos e danificados).
O presidente da Associação de Fornecedores de Cana de Pernambuco, Alexandre Andrade Lima, que até pouco antes do início do leilão estava descrente sobre a presença de interessados em arrematar a usina, considerou a venda positiva.
"Queimei minha língua. Nós, do setor, não víamos no Brasil nenhum grupo disposto a investir na produção de açúcar naquela região, que está atravessando um momento de crise e vai demandar muitos investimentos. Segundo me adiantou o representante do grupo Ghaney, eles vão investir e produzir açúcar e esperam contar com a parceria dos fornecedores e dos trabalhadores rurais. Espero que a operação se concretize e que realmente haja os investimentos", declarou.
No primeiro leilão, o lance mínimo era de R$ 100,7 milhões, caindo para R$ 65,5 milhões na segunda data marcada. A venda de Catende abre caminho para o encerramento do processo de falência da usina, que se arrasta há 20 anos. O dinheiro arrecadado deverá ser depositado numa conta judicial, que já conta com outros recursos provenientes de ativos da usina e servirá para pagar primeiramente débitos trabalhistas. O total da dívida da usina é estimado em R$ 500 milhões, mas nem todos os credores devem receber o que lhes é devido.
Juliana Cavalcanti do diario de pernambuco
A venda de Catende abre caminho para o encerramento do processo de falência da usina, que se arrasta há 20 anos. Foto: : Helder Tavares/DP/D.A Press |
O leiloeiro João Dias Martins abriu com um lance de R$ 65,5 milhões, mas para esta proposta não houve comprador. Numa segunda tentativa, o preço foi reduzido em 60%, sendo reiniciada a venda com lance mínimo de R$ 39.313.800. Desta vez, o representante da Ghanei deu lance de R$ 40 milhões e o martelo foi batido.
Após analisar a operação financeira que será necessária para a efetuação da compra de Catende, o juiz Sílvio Romero Beltrão Filho decidiu aceitar a proposta do grupo de Dubai, que pretende investir da produção de açúcar em Pernambuco. Os empresários têm até 30 dias para fazer o pagamento, à vista, que será efetuado através de transferência internacional monitorada pelo Banco Central. O grupo Ghanei atua no mercado de compra e venda de açúcar e álcool há 30 anos. Quem representou os compradores durante o leilão foi um representante do grupo Braz Sugar Usina de Álcool e Bioenergia Ltda.
O lote vendido nesta terça-feira era composto por bens da massa falida de Catende, composto de propriedade rural, área industrial, máquinas e equipamentos, instalações complementares, veículos e equipamentos agrícolas. Nas tentativas anteriores, realizadas neste ano, não apareceram compradores. Mesmo o valor de R$ 40 milhões era considerado alto para o mercado local, devido à depreciação dos equipamentos da usina (considerados antigos e danificados).
O presidente da Associação de Fornecedores de Cana de Pernambuco, Alexandre Andrade Lima, que até pouco antes do início do leilão estava descrente sobre a presença de interessados em arrematar a usina, considerou a venda positiva.
"Queimei minha língua. Nós, do setor, não víamos no Brasil nenhum grupo disposto a investir na produção de açúcar naquela região, que está atravessando um momento de crise e vai demandar muitos investimentos. Segundo me adiantou o representante do grupo Ghaney, eles vão investir e produzir açúcar e esperam contar com a parceria dos fornecedores e dos trabalhadores rurais. Espero que a operação se concretize e que realmente haja os investimentos", declarou.
No primeiro leilão, o lance mínimo era de R$ 100,7 milhões, caindo para R$ 65,5 milhões na segunda data marcada. A venda de Catende abre caminho para o encerramento do processo de falência da usina, que se arrasta há 20 anos. O dinheiro arrecadado deverá ser depositado numa conta judicial, que já conta com outros recursos provenientes de ativos da usina e servirá para pagar primeiramente débitos trabalhistas. O total da dívida da usina é estimado em R$ 500 milhões, mas nem todos os credores devem receber o que lhes é devido.
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