A esposa do diretor de marketing da empresa Embrasystem, conhecida pelo nome fantasia BBom, foi usada como laranja em tentativa de driblar um bloqueio judicial que congelou os bens da companhia. O relato é fruto de uma investigação do Ministério Público Federal (MPF-GO), que, por meio de ação cautelar incidental, impediu que R$ 2,5 milhões fossem retirados do banco. Com as atividades suspensas desde julho, o BBom é alvo de uma ação civil pública do MP “O casal receberia milhões em dinheiro desviado com o fim de frustrar o bloqueio das empresas do grupo Bbom”, alertaram os procuradores da República Helio Telho e Mariane Guimarães. Segundo eles, o grupo tentou organizar um esquema de contas de terceiros (laranjas) para movimentar os recursos que deveriam estar à disposição da Justiça. Com isso, além de terem o valor depositado bloqueado, o casal Ednaldo Alves Bispo e Cristina Dutra Bispo passa a integrar, como réus, a ação civil pública movida pelo MPF/GO contra o grupo BBom. Na ação, pede-se a condenação por formação de pirâmide financeira e captação irregular de poupança popular, bem como a dissolução jurídica do Sistema BBom e a reparação dos danos causados aos consumidores. Com as atividades suspensas desde julho, o BBom é alvo de uma ação civil pública do Ministério Público, que solicita o fim das condutas ilícitas de recrutamento de pessoas e captação de recursos em forma de pirâmide. Além disso, o MP quer acabar com a venda de rastreadores e prestação de serviços de monitoramento de veículos sem autorização do Denatran. O esquema soma-se a outras investigações de pirâmides financeiras pelo País a exemplo da “TelexFree”, que também luta na Justiça pela liberação dos bens. A prática de pirâmide financeira é proibida no Brasil, configurando crime contra a economia popular (Lei 1.521/51). A BBom é um exemplo dessa prática criminosa, já que os participantes seriam remunerados somente pela indicação de outros indivíduos, sem levar em consideração a real geração de vendas de produtos.
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