Internado há 9 dias no Hospital da Restauração, no Bairro do Derby, em Recife, Duda da Passira, cantor, compositor e sanfoneiro, faleceu na madrugada desta sexta-feira (30), após sofrer uma hemorragia hepática. O músico tinha 63 anos de idade e era considerado um ícone do Forró tradicional. Em seu nome, há registros de mais de duas mil músicas gravadas em estúdio, além de alguns trabalhos em parceria com outros artistas.
O velório de Duda acontece nesta sexta (30), na Câmara de Vereadores da Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata. O enterro está marcado para às 9h da manhã deste sábado (31), no Cemitério de São Sebastião, em Vitória, segundo a família.
Duda da Passira iniciou sua profissão aos 9 anos de idade, fazendo Forró Pé-de-Serra em Passira e cidades circunvizinhas.
Sua carreira tomou impulso quando, na década de 1980, conheceu, juntamente com o sanfoneiro Toinho de Alagoas, o produtor e flautista Zé da Flauta que resolveu gravar algumas músicas com eles em parceria com Heleno dos Oito Baixos e Zé Orlando, o que resultou no disco “Forró Brasil”, LP posteriormente transformado em “Brazil: Forró. Music for Maid and Taxi Drivers“, que ganhou oGrammy Awards na categoria “Traditional Folk” em 1991.
Entre outros trabalhos, participou do CD “Cantorias e Cantadores 2″, lançado pela Kuarup, com os artistas Elomar, Pena Branca e Xavantinho, Vitor Ramil, Teca Calazans tocando sanfona na faixa “Estrada do sertão”.
Em 2009, foi homenageado no São João da Vitória de Santo Antão, recebendo o título de CIDADÃO VITORIENSE.
Tocou na Casa da Cultura Mundial em Berlin – Alemanha, em 1993. Fez apresentações com Luiz Gonzaga na tour Danado de Bom. Produziu e gravou mais de 2000 trabalhos em estúdios, de artistas como Jorge de Altinho, Limão com Mel, Adelmário Coelho, Quinteto Violado, Mestre Zinho, Novinho da Paraíba e Targino Gondim.
Chega até sua morte nesta sexta com seis álbuns gravados, mais de 10 CDs lançados e 1DVD, deixando um legado fruto de sua carreira artística, alguns destes momentos vivenciados ao lado do Rei do Baião, Luiz Gonzaga.
Com informações de Lissandro Nascimento.
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