Moradores
de Goiana e cidades vizinhas estão frustrados. Reclamam que operários
baianos estão tendo prioridade na ocupação dos empregos criados com a
construção da fábrica da Fiat no município.
Informam
que o consórcio Construcap/Walbridge despreza a força de trabalho
local. Três ônibus carregados de operários já teriam chegado à cidade e
outros 60 viriam da Bahia até o final deste mês.
Comunicadores
de uma rádio local dizem que ouvintes têm feito queixas diárias sobre a
dificuldade de conseguir uma vaga. Mesmo de pedreiro ou marceneiro.
O assunto já motiva debates na Câmara. Vereadores estão sendo procurados pelos que esperam, sem sucesso, alguma colocação. Zilde Barbosa (PR) informa que já esteve no canteiro de obras e, lá, ouviu que não há nada de anormal.
Mas
checou que os homens empregados até o momento são de Irecê (BA), a
mesma cidade do chefe do canteiro de obras, conhecido como “Mestre
Baiano”.
A
secretaria de Planejamento de Goiana informou que o acompanhamento das
contratações é feito pela secretaria do Trabalho de Pernambuco.
Após um contato com a pasta estadual, a assessoria de imprensa da Fiat se adiantou e procurou a coluna para dar explicações.
Diz que o consórcio dispõe de um banco de mão de obra formado por gente que foi treinada para trabalhar na construção.
Informa
que nesta fase inicial a Construcap priorizou seu próprio contingente,
mas garante que ao longo da obra operários da região serão absorvidos.
No apogeu, serão 7 mil postos de trabalho. Atualmente menos de mil estão contratados.
Enquanto
os empregos não chegam, trabalhadores da Mata Norte se sentem
desprestigiados e Goiana vai se tornando pequena para o interesse que
gera uma fábrica de carros instalada numa região de monocultura e
subempregos.
De
acordo com o vereador Zilde Barbosa, já não existem casas para alugar.
Hotéis estão cheios e até motéis viraram moradia para quem chega. O boom
ao Norte começou.
Do Diario de Pe
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