Espaço do Internauta

domingo, 7 de abril de 2013

No dia do aniversário, Náutico perde para Ypiranga e aprofunda crise

Era dia de festa. Era dia de vestir orgulhosamente a camisa alvirrubra e comemorar as glórias dos 112 anos. Era para ser alegria. Era, era, era. Não foi. O Timbu, dentro de casa, não conseguiu sequer empatar com o Ypiranga. Levou 2 x 0 da Máquina de Costura e e foi derrotado em uma partida que era vista como uma espécie de porto seguro na qual o clube se seguraria para aliviar a crise. Era. Não foi. A situação difícil só se aprofundou - como atestam os inúmeros gritos de "vergonha" que a torcida gritou das arquibancadas.
A escalação alvirrubra era ofensiva. Manciniu lançou mão de dois meias e dois atacantes. O sistema, contudo, não funcionou. Porque os jogadores não estiveram bem na primeira etapa. Giovanni Augusto, como apoiador, ainda conseguiu distribuir dois ou três bons lançamentos. E mais dois ou três potencialmente perigosos. Marcos Vinícius, seu parceiro na criação, fez ainda menos. Lento, o prata-da-casa não conseguiu ser o jogador cerebral que se pretende ser.
Como ele, o atacante Élton esteve apagado. Participou pouco nos primeiros 45 minutos. E quando participou fez menos do que a torcida gostaria. AOs 6 minutos, ele recebeu lançamento de Giovanni Augusto. De frente para o goleiro, tentou tocar por cima. Não conseguiu. A bola passou ao lado.
É injusto dizer, também, que o Ypiranga jogou bem. Durante boa parte da primeira etapa, a equipe limitou-se a marcar. Quando saía, tinha pouca qualidade. Aos poucos, no entanto, foi crescendo e equilibrando. A ponto de chegar ao gol. Aos 42, a defesa avirrubra falhou. Em falta da esquerda, a marcação esqueceu do atacante Danúbio, que cabeceou no segundo pau. Gol da Máquina de Costura.
O gol impeliu os torcedores alvirrubros a protestarem muito no intervalo. No retorno do intervalo, Mancini sacou Marcos Vinícius e colocou Jones Carioca. A mudança na escalação refletiu-se na postura do time. O Timbu voltou aceso no jogo. Pressionou demais. Chegou a colocar duas bolas na trave, uma no início com Carioca e outra com Rogério. O dia, porém, era azul e branco. Auremir foi expulso aos 31. Dois minutos depois, Alcides derrubou Danúbio na área. Diogo cobrou com categoria e matou a partida. A torcida adotou uma postura irônica a partir de então. Gritou olé quando os visitantes tocavam a bola. Dia de festa? Era para ser. Mas não foi.
Ficha do jogo
Náutico: Felipe; Auremir, Alison, Alcides e Bruno Collaço; Rodrigo Souto, Martinez, Giovanni Augusto (Vinícius Pacheco) e Marcos Vinícius (Jones Carioca); Elton e Rogério. Técnico: Vágner Mancini.
Ypiranga: Jaílson; Danilo, Hugo e Egon; Diogo, Jefferson Piauí, Marcinho, Dacio (Beto) e Lincoln; Elivélton (Guilherme) e Danúbio.
Local: Estádio dos Aflitos. Horário: 16h. Árbitro: Arilson Bispo da Anunciação (BA). Assistentes: Ricardo Chianca (PE) e Bruno Alcântra (PE).Gol: Danúbio (Aos 42 do 1T) e Diogo (Aos 35 do 2T) para o Ypiranga; Cartões amarelos: Jones Carioca, Alcides (Náutico); Marcinho, Beto e Jaílson (Ypiranga). Cartão vermelho: Auremir (Náutico) Público: 7.345; Renda: R$ 58.449,00

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