Coceira intensa pode ser o sintoma de uma doença, explica dermatologista
Roberto Takaoka falou de prevenção e tratamento no Bem Estar desta 2ª (14).
Dermatite atópica é um problema crônico que pode causar lesões na pele.
Quando a coceira começa a incomodar demais e atrapalhar o trabalho, o sono e a vida social, é hora de procurar um médico. Essa vontade incontrolável, que não é uma doença, mas o sintoma de uma, foi um dos temas do Bem Estar desta segunda-feira (14). Para esclarecer o assunto, foi convidado o dermatologista Roberto Takaoka.
No estúdio, o especialista explicou que a pele é o maior órgão do corpo humano, que protege as pessoas de infecções. Ele também esclareceu o que pode agredi-la e quais medidas podem ajudar a reduzir a frequência e a intensidade das crises.
O principal motivo da coceira, segundo o médico, é a falta de hidratação da pele, mas ela também pode ser desencadeada por estresse ou por uma doença crônica, hereditária e não contagiosa chamada dermatite atópica. É comum que o problema apareça já na infância e demande cuidado por toda a vida, mesmo após o desaparecimento dos sinais.
Contra a coceira, é indicado tomar banhos rápidos e com água morna para fria, não passar buchas vegetais ou muito sabonete (que deve ser neutro), preferir roupas de algodão e evitar tecidos sintéticos. Para hidratar a pele, um especialista pode prescrever hidratante sem perfume ou pomada.
Em adultos, o “comichão” atinge mais as dobras, o cotovelo e os joelhos. Em bebês, costuma afetar o rosto, os braços e as pernas. Se a pessoa se coçar demais, pode adquirir uma lesão ou infecção na pele.
Há dez anos, as coceiras perseguem o professor Hussani Kamal, que em dias de sol usa um guarda-chuva como forma de prevenção. Quem o vê não entende, porque ele tem a pele negra e usa o acessório no calor, mas é principalmente contra isso que Kamal se protege, já que o problema aumenta no verão. Além do guarda-chuva, o professor carrega sempre um kit que inclui hidratante, toalha e lenço umedecido para tirar o excesso de suor, que torna a irritação ainda pior.
“É um processo involuntário, como se você não controlasse. A pessoa chega a ficar 10, 12 horas se coçando e, quando a mão começa a doer, passa a usar o braço”, contou Kamal, que à noite costuma sentir um incômodo maior. Ele já esteve internado durante sete dias por causa do problema, e hoje se cuida mais: usa camisas de manga comprida para manter a umidade da pele, segue uma dieta saudável (sem corantes nem conservantes), faz atividade física e faz o tratamento corretamente.
Mas não é só o clima mais quente e o período noturno que intensificam a coceira da dermatite: as emoções influenciam muito. Por isso, o professor é adepto do budismo e da psicoterapia. Com todas essas medidas para diminuir o suor e o estresse, ele disse que já melhorou mais de 80%.
Coceira em dose dupla
Na casa da promotora de eventos Nerilda de Oliveira, os dois filhos pequenos sentem muita coceira desde bebês. A alergia a fraldas do caçula Lucas levou ao aparecimento de carocinhos, que foram mudando de aspecto e causando lesões. O diagnóstico demorou a vir: alguns médicos disseram que o problema era sarna de cachorro, até que no Hospital das Clínicas foi identificada a dermatite atópica, já em estado de infecção.
O filho mais novo foi internado duas vezes, e então o mais velho Bruno começou a apresentar o problema (nele, localizado atrás dos joelhos). Quando as atividades diminuem, principalmente à noite, a mãe gasta mais tempo pedindo para os dois não se coçarem.
Entre os cuidados que eles tomam, estão hidratar a pele, tomar banhos rápidos, fazer higiene constante das unhas para evitar infecções e tomar remédios continuamente.
Lucas revelou que a ansiedade, a poeira e os mosquitos também aumentam a vontade de coçar o corpo. Quando o irmão o impede de jogar alguma coisa, o caçula também sente um incômodo maior. E disse que beber leite diminui o ímpeto de levar as unhas à pele.
O mais velho revelou que a ansiedade o faz se coçar, principalmente quando Lucas foi internado e ele ficou sozinho. Segundo a mãe, nem sempre é fácil lidar com as barreiras impostas pela doença. As crianças já sofreram preconceito na escola, pois os colegas achavam que iam pegar dermatite, então não brincavam com elas. Nerilda, então, escreveu para a professora pedindo que ela demonstrasse na sala de aula que o problema não é contagioso.
No estúdio, o especialista explicou que a pele é o maior órgão do corpo humano, que protege as pessoas de infecções. Ele também esclareceu o que pode agredi-la e quais medidas podem ajudar a reduzir a frequência e a intensidade das crises.
O principal motivo da coceira, segundo o médico, é a falta de hidratação da pele, mas ela também pode ser desencadeada por estresse ou por uma doença crônica, hereditária e não contagiosa chamada dermatite atópica. É comum que o problema apareça já na infância e demande cuidado por toda a vida, mesmo após o desaparecimento dos sinais.
Contra a coceira, é indicado tomar banhos rápidos e com água morna para fria, não passar buchas vegetais ou muito sabonete (que deve ser neutro), preferir roupas de algodão e evitar tecidos sintéticos. Para hidratar a pele, um especialista pode prescrever hidratante sem perfume ou pomada.
Em adultos, o “comichão” atinge mais as dobras, o cotovelo e os joelhos. Em bebês, costuma afetar o rosto, os braços e as pernas. Se a pessoa se coçar demais, pode adquirir uma lesão ou infecção na pele.
Há dez anos, as coceiras perseguem o professor Hussani Kamal, que em dias de sol usa um guarda-chuva como forma de prevenção. Quem o vê não entende, porque ele tem a pele negra e usa o acessório no calor, mas é principalmente contra isso que Kamal se protege, já que o problema aumenta no verão. Além do guarda-chuva, o professor carrega sempre um kit que inclui hidratante, toalha e lenço umedecido para tirar o excesso de suor, que torna a irritação ainda pior.
“É um processo involuntário, como se você não controlasse. A pessoa chega a ficar 10, 12 horas se coçando e, quando a mão começa a doer, passa a usar o braço”, contou Kamal, que à noite costuma sentir um incômodo maior. Ele já esteve internado durante sete dias por causa do problema, e hoje se cuida mais: usa camisas de manga comprida para manter a umidade da pele, segue uma dieta saudável (sem corantes nem conservantes), faz atividade física e faz o tratamento corretamente.
Mas não é só o clima mais quente e o período noturno que intensificam a coceira da dermatite: as emoções influenciam muito. Por isso, o professor é adepto do budismo e da psicoterapia. Com todas essas medidas para diminuir o suor e o estresse, ele disse que já melhorou mais de 80%.
Coceira em dose dupla
Na casa da promotora de eventos Nerilda de Oliveira, os dois filhos pequenos sentem muita coceira desde bebês. A alergia a fraldas do caçula Lucas levou ao aparecimento de carocinhos, que foram mudando de aspecto e causando lesões. O diagnóstico demorou a vir: alguns médicos disseram que o problema era sarna de cachorro, até que no Hospital das Clínicas foi identificada a dermatite atópica, já em estado de infecção.
O filho mais novo foi internado duas vezes, e então o mais velho Bruno começou a apresentar o problema (nele, localizado atrás dos joelhos). Quando as atividades diminuem, principalmente à noite, a mãe gasta mais tempo pedindo para os dois não se coçarem.
Entre os cuidados que eles tomam, estão hidratar a pele, tomar banhos rápidos, fazer higiene constante das unhas para evitar infecções e tomar remédios continuamente.
Lucas revelou que a ansiedade, a poeira e os mosquitos também aumentam a vontade de coçar o corpo. Quando o irmão o impede de jogar alguma coisa, o caçula também sente um incômodo maior. E disse que beber leite diminui o ímpeto de levar as unhas à pele.
O mais velho revelou que a ansiedade o faz se coçar, principalmente quando Lucas foi internado e ele ficou sozinho. Segundo a mãe, nem sempre é fácil lidar com as barreiras impostas pela doença. As crianças já sofreram preconceito na escola, pois os colegas achavam que iam pegar dermatite, então não brincavam com elas. Nerilda, então, escreveu para a professora pedindo que ela demonstrasse na sala de aula que o problema não é contagioso.
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