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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Trisunami devasta o Sport

Trisunami devasta o Sport

 
Funcionou como um furacão ou seria um tsunami a vitória do Santa Cruz, ontem, no Clássico das Multidões, no Arruda. Em um jogo onde a qualidade técnica foi pequena, o time tricolor conseguiu mais do que três pontos em cima do maior rival. A equipe coral, praticamente, devastou o adversário: provocou a queda do treinador rubro-negro, empurrou os leoninos para a modesta 7ª colocação na tabela e abriu uma crise no Sport.

E a devastação aconteceu em 35 minutos. Esse foi tempo que o Santa Cruz precisou para matar o jogo no segundo tempo da partida. A festa coral não foi de gala porque não se viu um futebol de encher os olhos do torcedor. Mas foi uma festa de arromba com direito, inclusive, a bolo de aniversário ao final do jogo, que marcou a retomada da liderança do PE2011 - depois de duas rodadas -, consolidou a artilharia isolado do atacante Thiago Cunha, autor do primeiro gol da vitória e jogou por terra um tabu que já durava quatro anos.O Santa não vencia o Sport, no Arruda, desde de 2007.

O triunfo coral foi incontestável. E nasceu em um segundo tempo de aplicação tática elevada. Em um clássico onde a lentidão, a apatia, os erros de passes foram a tônica nos dois lados na primeira etapa, o Santa Cruz voltou bem mais decisivo e eficiente depois do intervalo da partida. A mão do técnico Zé Teodoro foi visível na mudança de atitude do time. O Tricolor acertou primeiro a marcação no meio-campo e, com isso, diminuiu os espaços para o adversário e matou a partida em lances capitais de vacilos rubro-negros.

E clássico é decidido assim. A aplicação e a vontade dentro de campo podem fazer a diferença. Contra a falta de interesse e disposição em campo dos rubro-negros, o Santa Cruz acabou sobrando na segunda etapa. O time coral funcionou em todos os setores. A entrada de Renatinho no intervalo mudou a característica de jogo da equipe. O volante Jeovânio passou a jogar como um falso zagueiro e se achou em campo. O meia Wesley teve mais liberdade de atuar e Thiago Cunha e Renatinho foram precisos nas finalizações.

Do outro lado, não se via nenhum esquema tático em campo. O Sport foi um amontoado de jogadores perdidos, individualistas e desesperados como o seu ex-treinador, Geninho, que foi arriscar tudo ao final da partida com Bala, Ciro, Bruno Mineiro e Ruan, ou seja, quatro atacantes que não valeram por um. Simples, modesto e barato, o Santa Cruz vem provando sua eficiência no Campeonato Pernambucano.

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