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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Viúva argentina dorme em jazigo do marido e instala TV, internet e som

Uma viúva de 43 anos se instalou durante vários dias no jazigo onde está enterrado o marido num cemitério na cidade argentina de 2 de Mayo, no noroeste do país. Segundo o delegado da cidade, ela equipou o local com cama, internet, televisão e equipamento de som.
Após denúncias de vizinhos do cemitério, uma comitiva de policiais foi ao local e constatou que Adriana Viallarreal havia decorado o jazigo com rádio, computador, cama, cadeira e até mesmo uma pequena cozinha”, disse Gustavo Braganza, o delegado da cidade de 18 mil habitantes na província de Misiones (1,5 mil km a noroeste de Buenos Aires).
Segundo o relato do delegado, a mulher atendeu de pijama aos policiais que foram ao cemitério de San Lázaro. No local, afirma, é possível ver o caixão e o corpo do embalsamado do marido, Sergio Yede, que morreu em 2010, aos 28 anos.
Natural de 2 de Mayo, o homem vivia na província de Buenos Aires, onde tinha uma pizzaria e faleceu “em circunstâncias confusas, alguns dizem que brincando de roleta-russa [aposta em que se dispara um revólver com apenas uma bala contra si mesmo]”, contou o chefe da polícia.
Ao portal Missiones Online, a viúva disse que não tem medo de dormir ao lado do caixão do marido. “Os mortos não fazem nada, quem faz são os vivos”, disse.
“Quando se ama muito um homem, se pode fazer esse tipo de coisa. Meu marido merece isso e muito mais, era uma pessoa muito boa, tudo o que puder fazer por ele é pouco”, disse Adriana, segundo o site.
A mulher, que também vive na província de Buenos Aires, relatou que vai ao local “três vezes ao ano e passava três ou quatro noites”. Segundo o delegado, ela disse que estacionava seu carro numa rua interna do cemitério e também “cozinhava algo”.
O chefe da polícia também disse que, segundo averiguações, no dia do velório de Sergio Yede a viúva organizou uma recepção com música, bebidas e fogos de artifício.
“Eu não sou um profissional, mas alguém que dorme ao lado de um cadáver não deve estar muito bem”, disse o policial.

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