Decisão foi confirmada nesta manhã; audiência continua e juiz deve ouvir os acusados
O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu manter, nesta quarta-feira (20), o habeas corpus que garante a liberdade de Mizael Bispo e Evandro Bezerra da Silva, acusados da morte da advogada Mércia Nakashima. A decisão foi confirmada por volta das 10h pelo TJ-SP.
De acordo com a Justiça, nesta quarta foi julgado o mérito da decisão anterior da desembargadora Angélica de Almeida, que mantinha Mizael e Evandro em liberdade, junto com a posição de mais dois desembargadores. A 12ª Câmara Criminal decidiu manter a liberdade dos dois por dois votos contra um, entre três desembargadores.
O delegado responsável pelo caso, Antônio de Olim, afirmou que já acreditava que os dois seriam mantidos em liberdade. Já Márcio Nakashima, irmão de Mércia, foi até a 12ª Câmara Criminal para acompanhar o julgamento e se mostrou indignado com a decisão.
O habeas corpus foi concedido no dia 5 de agosto deste ano. Em sua decisão, a desembargadora Angélica alegou que Mizael não tem antecedentes criminais e que "sempre atendeu ao chamamento da autoridade policial". Ela ressaltou ainda que foi "violada a garantia constitucional da presunção de inocência".
Audiência
O juiz Leandro Bittencourt Cano deve ouvir nesta quarta-feira Mizael Bispo e Evandro Bezerra Silva. Eles vão falar depois que o magistrado terminar de ouvir as testemunhas do caso. Ainda faltam os depoimentos de três delas: Wilson da Silva Ferreira, Leonardo de França e o perito Renato Pattoli. A audiência de instrução do caso Mércia teve início no fórum de Guarulhos, na Grande São Paulo, na segunda-feira (18).
Após o depoimento dos acusados, o juiz vai decidir se os dois devem ser levados a júri popular. Na terça-feira (19), o magistrado afirmou que, caso não consiga concluir o interrogatório até as 19h desta quarta, ele pode estender a audiência para a quinta-feira (21).
Morte
Mércia foi morta após deixar a casa da avó, em Guarulhos, no dia 23 de maio. O corpo dela foi encontrado em uma represa de Nazaré Paulista. O laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou que ela morreu por afogamento.
O vigia foi preso no dia 9 de junho, no município de Canindé do São Francisco (SE), por faltar a um depoimento na Polícia Civil sobre o caso. Bispo, ex-namorado da advogada, e o vigia chegaram a ter a prisão decretada, mas obtiveram habeas corpus.
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