Tempero contra envelhecimento
Estudo da Unicamp identifica substâncias antioxidantes em três espécies de orégano
Estudo da Unicamp identifica substâncias antioxidantes em três espécies de orégano
Muito mais que um simples tempero. É isso que pesquisadores do Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) provaram em relação ao orégano. A partir de um exame simples, chamado espectrometria de massas, foi comprovado que a especiaria, originária da Ásia e da Europa, possui substâncias antioxidantes que impedem a degradação bioquímica de células humanas, retardando, assim, o envelhecimento.
Para a análise, o orégano foi misturado a uma solução de água e álcool e centrifugado. Após o descanso da mistura, o líquido não precipitado foi injetado no espectrômetro, que ofereceu informações qualitativas e quantitativas sobre a composição do tempero.
No estudo, foram utilizados três tipos de orégano: Origanum majorona, Origanum dictamnus e Origanum vulgare. Segundo o cientista de alimentos Rodrigo Catharino, do IQ, apesar de as espécies de orégano possuírem composições diferentes, em todas há substâncias antioxidantes, como o ácido quínico e o kaempferol, que podem ser encontrados também em frutas e no chá verde.
A pesquisa, que teve início na Dinamarca em 2003 em uma colaboração com a Real Universidade de Veterinária e Agricultura (KVL), se estende agora à identificação de substâncias biologicamente ativas em outras especiarias, como canela, baunilha e cravo-da-índia, apesar de Catharino saber que ainda há substâncias importantes a serem descobertas no orégano.
Os novos estudos também incluirão a caracterização taxonômica e a certificação de origem dos temperos. “Ainda temos planos para analisar os produtos industrializados feitos à base de especiarias. Para isso, precisamos montar um banco de dados com informações sobre a composição dessas substâncias”, completa
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