Marina Silva defende 'plenária' para decidir sobre apoio no segundo turno
Terceira colocada, candidata quer incorporar 'núcleos vivos' da sociedade.
'Brasil tem um segundo turno para pensar duas vezes', afirmou.
A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, que alcançou quase 20% dos votos válidos e terminou em terceiro lugar na eleição, defendeu uma discussão interna no partido para decidir se a legenda apoiará Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB) no segundo turno.
Em pronunciamento na noite deste domingo em São Paulo, ela pediu que o partido faça uma reunião plenária que incorpore, além dos militantes, "os núcleos vivos da sociedade", refererindo-se a intelectuais e artistas, entre outros segmentos. "Façamos a discussão no partido, mas que esses núcleos vivos sejam ouvidos", afirmou.
Segundo a candidata, a discussão é necessária porque os votos pertencem ao eleitor. "Vamos fazer uma discussão. Que sejam ouvidos o Movimento Marina Silva, os intelectuais. Faremos uma plenária para avaliar nossa posição. O voto não é da Marina, nem de José Serra, nem da Dilma. O voto, fora da visão patrimonialista das coisas, é do eleitor", afirmou.
Integrantes do partido disseram na noite deste domingo que a decisão será tomada por um grupo composto por 21 pessoas, criado para discutir a campanha de Marina. Esse grupo, no entanto, acabou não atuando tanto quanto se esperava e as decisões foram tomadas pela coordenação. Desses 21, 10 pessoas foram indicadas pelo partido, 10 por Marina e o outro é o presidente nacional do PV, José Luiz de França Penna, que já se manifestou favoravelmente ao apoio a Serra. Marina Silva não quis comentar o posicionamento do presidente da legenda.
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