Espaço do Internauta

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Eleições 2010

Marco Maciel fala sobre sua primeira derrota em eleições

O político recebeu mais de 934 mil votos e acabou em terceiro lugar na disputa pela vaga no Senado

Reprodução TV Globo
 
Pela primeira vez, o senador Marco Maciel (DEM) perdeu uma eleição. A tentativa de renovar o quarto mandato não deu certo. O político recebeu 934.720 votos (11,86%) e acabou em terceiro lugar. Maciel vai deixar o Senado no ano que vem depois de uma vida política de sucesso. Foi deputado estadual, federal, governador de Pernambuco e vice-presidente da República.

Na entrevista coletiva realizada na noite do último domingo, Marco Maciel era só desânimo. Fez um pronunciamento que preparou com antecedência e falou sobre a derrota.

“Não tenho nenhuma crítica a fazer. Digo sempre o seguinte: não há duas eleições iguais. Em segundo lugar, na realidade, é bom ter sempre presente: quem escolhe o representante é o eleitor”, disse o senador.

Marco Maciel nasceu no Recife, formou-se em direito, tornou-se professor e é apaixonado por livros. Há sete anos, já membro da Academia Pernambucana de Letras, assumiu uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.

Na política, foi eleito pela primeira vez deputado estadual em 1966. Também foi deputado federal e indicado, numa sessão tumultuada, pela Assembléia Legislativa de Pernambuco, governador do Estado entre 79 e 82.

Também foi eleito três vezes senador e vice-presidente da República no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Entre o começo da campanha e o dia da votação, o senador Marco Maciel foi, aos poucos, sendo alertado pelos números das pesquisas. Quando saiu da seção eleitoral, ele se mostrava abatido, mas procurava deixar claro que tinha a sensação de dever cumprido.

“Eu acho que é uma boa pedagogia de fazer da política de fato não uma profissão, mas uma atitude de vida. Eu repito com muita convicção que a vida pra mim é uma missão. Eu me doei integralmente a Pernambuco, à solução dos seus problemas e às soluções das questões nacionais”, falou.

Com 70 anos de idade, sendo 44 dedicados à vida pública, o senador prefere não falar sobre o futuro: “eu não quero falar sobre o futuro. O futuro tem um coração antigo”.

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