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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

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Horário de Verão começa em 17 de outubro

O Ministério de Minas e Energia informou nesta quarta-feira (15) que o horário de verão terá início em 17 de outubro deste ano e se estenderá até 20 de fevereiro de 2011.
O governo lembrou que o decreto presidencial número 6.558/2008 determina que a temporada para ajustar os ponteiros do relógio deve ter início no terceiro domingo do mês de outubro, prolongando-se até o terceiro domingo de fevereiro do ano subsequente.
"A norma possui o objetivo de conscientizar a população em relação ao aproveitamento da luz natural, além de estimular o uso, de forma racional, de energia elétrica. Na prática, o adiantamento do horário em uma hora diminui o carregamento nas linhas de transmissão, subestações e nos sistemas de distribuição, de forma que, o atendimento em épocas de maior consumo ocorra com maior eficiência", informou o Ministério de Minas e Energia, por meio de nota.
O horário de verão é válido para as regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país. Em todas as regiões onde foi aplicada a medida contabilizou-se uma redução média na demanda de aproximadamente 5%, acrescentou o governo.


NORTE E NORDESTE
Sobre a não aplicação do horário de verão nos estados do Nordeste e Norte, o Ministério de Minas e Energia lembra que experiência demonstrou que a aplicação do horário de verão é mais efetiva quando abrange "regiões geo-elétricas mais definidas". Acrescenta que a opção pela aplicação nas regiões Sul e Sudeste/Centro Oeste justifica-se pelos "melhores resultados alcançados", e por se constituírem estes mercados na maior parte da carga do país.
"A sua aplicação nos submercados Norte e Nordeste não foi recomendada devido aos pequenos benefícios estimados nas avaliações do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS", acrescenta o governo. Os fundamentos de aplicação do horário de verão, segundo o Ministério de Minas e Energia, mostram que "quanto mais próximo aos trópicos tal aproveitamento é mais intensivo e quando se afasta destes e se aproxima da linha do Equador, se reduz o aproveitamento, tendo em vista a menor intensificação da luz natural ao longo do dia, no verão".

OUTROS PAÍSES
Segundo o Ministério de Minas e Enerrgia, atualmente há vários países que fazem mudança no horário convencional para aproveitar a luminosidade do verão. Entre eles, estão os países membros da União Européia, a maioria dos países que formavam a antiga União Soviética, a maioria do Oriente Médio (Irã, Iraque, Síria, Líbano, Israel, Palestina), parte da Oceania (Austrália, em parte do seu território, e Nova Zelândia), a América do Norte (Canadá, Estados Unidos e México), alguns da América Central (Cuba, Honduras, Guatemala, Haiti e Bahamas) e da América do Sul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile).
O governo lembra que boa parte dos países que adota a medida está situada nas regiões consideradas como tropicais, como o Brasil e o Paraguai, na América do Sul, Cuba, Honduras, Guatemala e Haiti, na América Central, o México, na América do Norte, a Austrália, na Oceania, o Egito e o Marrocos, na África. Acresenta que, nos Estados Unidos, a medida se consolida no chamado “Daylight Savings Time”, que começa normalmente no primeiro domingo de abril e dura até o último domingo de outubro.

 

 Incêndio trava o Recife

Fogo começou no início da tarde em um galpão da SDS, em Joana Bezerra, e causou transtornos

Trânsito parado nos principais corredores da cidade, ruas interditadas, semáforos apagados, interrupção no funcionamento do metrô. O Recife viveu, ontem, uma tarde de caos. Dessa vez, não foi um protesto que exigiu a paciência de quem tentava circular. O congestionamento cortou a Agamenon e travou os sentidos Norte e Sul, chegando a Boa Viagem. A explicação estava no coração da cidade. A grande nuvem de fumaça preta que se formou por volta das 13h, no bairro de Joana Bezerra, e que podia ser vista de vários pontos do Recife, indicava que não se tratava de um sinistro qualquer.


Projéteis armazenados no local eram lançados na rua, assustando a população Foto: Inês Campelo/DP/D.A Press
A explicação era um incêndio de grandes proporções, o maior do ano segundo os bombeiros, no depósito da Secretaria de Defesa Social (SDS), onde estavam armazenados munições, armamentos, documentos, móveis e outros materiais inflamáveis. As chamas mudaram a rotina do recifense e trouxeram pânico e angústia para quem vive nos arredores. A SDS não soube informar a origem do fogo e nem se havia sido criminoso. Oficialmente, não houve feridos. Mas vários moradores foram atingidos por projéteis que explodiram com as chamas.

O fogo começou por volta das 12h30 num dos galpões do imóvel, de 12 mil metros quadrados, do outro lado da Estação Joana Bezerra. No local, funcionavam as delegacias do bairro e de Repressão e Combate à Pirataria, o almoxarifado e a gráfica da Polícia Civil, além da administração da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais e depósitos de móveis, munições e armas. As chamas atingiram, principalmente, o paiol de munições da SDS, além de outros três galpões. Dez viaturas do Corpo de Bombeiros e da polícia e um efetivo de 86 homens foram deslocados para a área. Mais de 180 mil litros de água foram gastos até que o incêndio fosse controlado, por volta das 15h30. Mas o trabalho de rescaldo deverá se prolongar por três dias.

Apesar de localizado, o episódio foi suficiente para expor os pontos fracos da cidade, como a fragilidade do sistema de transporte. Como a nuvem de fumaça tomou conta da Estação Joana Bezerra e havia risco de pessoas serem atingidas pelos projéteis, o terminal foi fechado. O funcionamento do metrô ficou parcialmente interrompido por uma hora e meia. O desligamento da rede elétrica nos bairros de Joana Bezerra, Brasília Teimosa, Pina e parte de Boa Viagem deixou semáforos apagados durante quase toda a tarde. O resultado foi congestionamentos nas principais vias de acesso ao Centro e nas zonas Norte e Sul. A Rua Imperial ficou interditada para veículos e pedestres. As avenidas Agamenon Magalhães, Norte e Domingos Ferreira ficaram engarrafadas. A situação só começou a voltar ao normal no início da noite.

Boatos sobre a origem do incêndio se espalharam pela comunidade. Entre eles, o de uma ação do PCC. Outros contavam nas ruas que o fogo seria um protesto pelo desaparecimento do menino Lucas Kauan, 8 anos, que residia na Joana Bezerra e que está sumido há 12 dias. (Anamaria Nascimento, Ana Cláudia Dolores, Marta Telles e Rafael Dias)

 

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