Do Correio Braziliense
Sistema lento, longas filas e falta de agentes administrativos e de peritos médicos. Essa é a realidade com a qual se depara quem precisa ir a uma das 1.688 agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Nem mesmo a manutenção feita no sistema do órgão, na última sexta-feira, foi suficiente para melhorar o atendimento ao público. Os mais de 240 mil brasileiros que procuraram um dos postos da Previdência Social ontem se depararam com a rede digital do instituto praticamente inoperante e com muita espera.
Apesar de a assessoria de imprensa do INSS informar que o atendimento ontem foi normal, o diretor substituto da Direção Central do instituto, Mário Sória, reconheceu a morosidade. “Devido à suspensão do sistema na sexta-feira, por conta de uma reforma elétrica no prédio da Dataprev no Rio de Janeiro, tivemos de remarcar muitas pessoas com perícia médica marcada”, esclareceu ele, lembrando que acompanha o fluxo de operação das agências em todo o país por meio de uma sala de monitoramento.
Sória completou que 80% das pessoas que procuraram os postos não tinham agendamento, o que gerou tumulto e muitas filas. O contribuinte Flávio Santana, 36, sentiu na pele a lentidão no posto do INSS em Ceilândia Sul. Ele foi ao local para emitir uma tela de vínculo, e teve de aguardar por mais de duas horas na fila até garantir o documento. “É um absurdo. Vejo que há vários guichês de atendimento e pouquíssimos funcionários trabalhando. O jeito é aguardar”, reclamou.
A beneficária Lucenir Avelar Anunciação, 35, teve de voltar para casa sem nenhuma explicação convincente. “Apenas afirmaram que o sistema estava fora do ar. O meu filho teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e estou tentando, desde outubro do ano passado, remarcar a perícia média, mas não consigo”, desabafou.
Segundo o gerente do INSS de Ceilândia Sul, Nélio Martin, “mesmo com o sistema falho, o departamento atendeu mais de 400 pessoas. Não há previsão para que ele volte a funcionar 100%”. A fila na agência do instituto dentro do Na Hora de Ceilândia também era longa ontem. Por causa da falta de espaço para acomodar todos, as senhas pararam de ser distribuídas mais cedo. Responsável pela unidade, a chefe de Benefício, Elisangela Sampaio, não quis explicar o motivo do tumulto. A assessoria de imprensa do INSS do Distrito Federal informou que foram feitos 54 consultas médicas e 337 atendimentos no local.
Férias
A situação não foi diferente na agência da Quadra 502 da Asa Sul, em Brasília. De 35 guichês, apenas 10 estavam operando. A unidade tem 22 peritos médicos, dos quais sete estão afastados — ontem, apenas oito trabalhavam. O gerente substituto da Superintendência, Marcos Augusto Alves, alegou que, entre dezembro e janeiro, é comum o quadro de funcionários ficar mais enxuto por causa do período de férias.
“Cerca de 30 % dos servidores estão de recesso. A falha do sistema na sexta-feira e a lentidão da internet hoje (ontem) ocasionaram a demora”, disse Alves. Pela manhã, das 91 pessoas que estavam agendadas, apenas 28 compareceram. Dezesseis esperaram mais de 30 minutos para conseguir pegar a senha. Foi o caso da cadeirante Maria Aparecida de Jesus, 54, que aguardava por mais de três horas com o marido, José Nunes Filho, 66. “Cheguei às 9h. Nossa senha é preferencial, mas mesmo assim o atendimento é demorado. Tem apenas uma atendente”, relatou ela.
Sistema lento, longas filas e falta de agentes administrativos e de peritos médicos. Essa é a realidade com a qual se depara quem precisa ir a uma das 1.688 agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Nem mesmo a manutenção feita no sistema do órgão, na última sexta-feira, foi suficiente para melhorar o atendimento ao público. Os mais de 240 mil brasileiros que procuraram um dos postos da Previdência Social ontem se depararam com a rede digital do instituto praticamente inoperante e com muita espera.
Apesar de a assessoria de imprensa do INSS informar que o atendimento ontem foi normal, o diretor substituto da Direção Central do instituto, Mário Sória, reconheceu a morosidade. “Devido à suspensão do sistema na sexta-feira, por conta de uma reforma elétrica no prédio da Dataprev no Rio de Janeiro, tivemos de remarcar muitas pessoas com perícia médica marcada”, esclareceu ele, lembrando que acompanha o fluxo de operação das agências em todo o país por meio de uma sala de monitoramento.
Sória completou que 80% das pessoas que procuraram os postos não tinham agendamento, o que gerou tumulto e muitas filas. O contribuinte Flávio Santana, 36, sentiu na pele a lentidão no posto do INSS em Ceilândia Sul. Ele foi ao local para emitir uma tela de vínculo, e teve de aguardar por mais de duas horas na fila até garantir o documento. “É um absurdo. Vejo que há vários guichês de atendimento e pouquíssimos funcionários trabalhando. O jeito é aguardar”, reclamou.
A beneficária Lucenir Avelar Anunciação, 35, teve de voltar para casa sem nenhuma explicação convincente. “Apenas afirmaram que o sistema estava fora do ar. O meu filho teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e estou tentando, desde outubro do ano passado, remarcar a perícia média, mas não consigo”, desabafou.
Segundo o gerente do INSS de Ceilândia Sul, Nélio Martin, “mesmo com o sistema falho, o departamento atendeu mais de 400 pessoas. Não há previsão para que ele volte a funcionar 100%”. A fila na agência do instituto dentro do Na Hora de Ceilândia também era longa ontem. Por causa da falta de espaço para acomodar todos, as senhas pararam de ser distribuídas mais cedo. Responsável pela unidade, a chefe de Benefício, Elisangela Sampaio, não quis explicar o motivo do tumulto. A assessoria de imprensa do INSS do Distrito Federal informou que foram feitos 54 consultas médicas e 337 atendimentos no local.
Férias
A situação não foi diferente na agência da Quadra 502 da Asa Sul, em Brasília. De 35 guichês, apenas 10 estavam operando. A unidade tem 22 peritos médicos, dos quais sete estão afastados — ontem, apenas oito trabalhavam. O gerente substituto da Superintendência, Marcos Augusto Alves, alegou que, entre dezembro e janeiro, é comum o quadro de funcionários ficar mais enxuto por causa do período de férias.
“Cerca de 30 % dos servidores estão de recesso. A falha do sistema na sexta-feira e a lentidão da internet hoje (ontem) ocasionaram a demora”, disse Alves. Pela manhã, das 91 pessoas que estavam agendadas, apenas 28 compareceram. Dezesseis esperaram mais de 30 minutos para conseguir pegar a senha. Foi o caso da cadeirante Maria Aparecida de Jesus, 54, que aguardava por mais de três horas com o marido, José Nunes Filho, 66. “Cheguei às 9h. Nossa senha é preferencial, mas mesmo assim o atendimento é demorado. Tem apenas uma atendente”, relatou ela.
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