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domingo, 29 de abril de 2012

Glória do Goitá - Salto econômico no centro da disputa



Prefeitura será disputada pelo atual prefeito, Djalma Paes, e pelo ex, Zenildo Miranda. Imagem: ANNACLARICE ALMEIDA/DP/D.A PRESS
Distante 59 quilômetros do Recife e com uma população de 30 mil habitantes, Glória do Goitá, zona da mata de Pernambuco, passou a ser vista com outros olhos. Do ano passado para cá, o município viu confirmada a chegada de três grandes indústrias que, juntas, devem investir R$ 350 milhões e gerar pelo menos 2.500 empregos diretos – quase o dobro dos 1.500 empregos formais registrados em 2010. Um salto econômico significativo para um lugar onde tudo fecha antes das 18h e que sobrevive basicamente do Fundo de Participação dos Municípios. Mudanças que têm chamado atenção dos políticos e acirrado o ânimo para a disputa deste ano.

O atual prefeito, Djalma Paes (PSB), é candidato à reeleição. Fala com empolgação do que “trouxe para a cidade nos três últimos anos”. “Quando assumi, fui atrás da Agência de Desenvolvimento (do governo estadual) para ver como poderia trazer uma grande indústria para Glória. Temos terreno, água, gás e boa localização. Aprendi a vender meu município”, diz. Um discurso que, provavelmente, será repetido várias vezes nos palanques da cidade.

Enquanto um quer permanecer no cargo, outro quer voltar. O principal adversário de Paes, ao que tudo indica, será o ex-prefeito Zenildo Miranda (PTB). Ele perdeu a última eleição para o socialista. Quatro anos antes havia ganho o Executivo para o candidato à sucessão da mãe do atual prefeito, Fernanda Dornelas, que governou Glória do Goitá por oito anos.

Para que essa disputa se confirme, Miranda depende do “fator Câmara”. Duas contas do ex-prefeito estão para ser analisadas pela Casa e mais uma deve chegar nos próximos meses. De acordo com o presidente, José Jorge Tavares (PSB), todas com recomendações do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) para rejeição.

O prefeito diz não entender o porquê delas ainda não terem sido votadas. O presidente da Câmara, ligado ao grupo do gestor, conta estar em um fogo cruzado. Ele é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para analisar irregularidades no uso de menos de R$ 4.310 e o pagamento adiantado a um advogado para revisão da Lei Orgânica. José Jorge Tavares afirma que a conotação é política. Segundo ele, o motivo real foi ter enviado as contas de Miranda para análise. A oposição rebate. “Jogaram dez contas para as comissões e isso demanda tempo. Agora eles querem que vejamos tudo de uma vez só”, disse o vereador Geraldo Vicente (DEM).

 

 
Fonte Diário de Pernambuco

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