Durante a entrevista coletiva a nesta sexta-feira (20) na Central de Polícia em Campina Grande, a delegada Herta de França confirmou o indiciamento do jogador Marcelinho. "O laudo tem elementos suficientes para tipificar o crime de estupro", afirmou. Caso seja condenado, o atleta pode ficar de 6 a 10 anos preso.
Sobre os detalhes do laudo, a delegada disse apenas que o couro cabeludo da vítima apresentava hematomas e que a tese do beijo forçado foi comprovada por conta de cortes no lábio. O inquérito foi concluído nesta semana e será entregue ao Ministério Público.
O advogado de defesa do jogador, Afonso Vilar, disse ao G1 que o inquérito policial ainda vai ser avaliado pelo Ministério Público. "Vou aguardar a decisão do Ministério Público de denunciar ou arquivar o processo, para então apresentar nossa defesa", disse Afonso Vilar.
Entenda o caso
De acordo com o delegado Fernando Zoccola, a suposta vítima afirmou em depoimento que o crime aconteceu em novembro de 2011 durante uma festa no sítio do jogador em sua cidade natal, Campina Grande, para comemorar a ascenção do time à Série A do Campeonato Brasileiro.
De acordo com o delegado Fernando Zoccola, a suposta vítima afirmou em depoimento que o crime aconteceu em novembro de 2011 durante uma festa no sítio do jogador em sua cidade natal, Campina Grande, para comemorar a ascenção do time à Série A do Campeonato Brasileiro.
Segundo ela, Marcelinho forçou um beijo e a agrediu, puxando seus cabelos. A mulher apresentava cortes na boca e foi levada para a Unidade de Medicina Legal (UML) para ser submetida a um exame de corpo de delito.
Além de Marcelinho Paraíba, outros três amigos foram detidos durante o tumulto. Eles foram indiciados por resistência à prisão e desacato a policiais militares. Na ocasião o jogador chegou a ser preso no presídio Serrotão e foi liberado após uma determinação da Justiça.
Durante as investigações o irmão da vítima, o delegado Rodrigo Pinheiro, foi afastado de suas atividades na 5ª Delegacia Distrital de Campina Grande depois de ter sido acusado pelo jogador de ter voltado à festa com a Polícia Militar e ter efetuado disparos, após ter tirado a irmã do local.
Em entrevista no dia da prisão do atleta, Rodrigo Pinheiro negou ter atirado e disse que, na verdade, os policiais militares efetuaram alguns disparos para cima porque estavam sendo cercados por pessoas armadas que queriam impedir a prisão de Marcelinho. Já Marcelinho, disse em entrevista coletiva após sua soltura que não estava armado.
Na segunda-feira (23), o jogador do Sport Club Recife vai depor como testemunha no processo que investiga se o delegado Rodrigo Pinheiro atirou durante a festa no sítio do jogador em novembro passado
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