O governador afirmou na abertura da XIV Fenearte que não entrará em briga sindical
Foto: Carolina Oliveira / NE10
Do NE10
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), resolveu se
posicionar na questão dos rodoviários do Grande Recife e afirmou que não
se envolverá na briga entre a categoria e a classe patronal. Campos
também ressaltou que a única medida que tomará, no momento, é garantir a
segurança dos usuários de ônibus que utilizam o transporte público
diariamente - cerca de 2 milhões de passageiros. A declaração foi dada
na abertura da XIV Fenearte (Feira Nacional de Negócios do Artesanato),
no final da tarde desta quinta-feira (4), no Centro de Convenções de
Pernambuco.
Ainda em entrevista à imprensa, o governador reiterou que, para dar aumento significativo para os rodoviários, será necessário aumentar o valor das tarifas e tal medida contraria a onda de mobilizações que atinge o País. "Querem que o Estado sente à mesa para quê? Para aumentar a passagem? Esse jogo é contra a populacão, no momento em que o Brasil todo reivindica para que se baixe a passagem. Nós não entraremos neste jogo".
Campos afirmou que, durante todo o período de negociações entre rodoviários e patronato, o Governo do Estado esteve presente nas reuniões com a equipe de articulação, no intuito de travar um diálogo de conciliação. "No momento que não houve acordo, ficou evidenciado uma briga politica que a população nao tem nada a ver", defendeu o governador, se referindo às divergências entre a presidência do Sindicato dos Rodoviários e a Oposição Rodoviária de Verdade.
A questão da ilegalidade da greve, que foi encerrada em julgamento de dissídio coletivo na noite dessa terça (2), foi outro ponto citado na entrevista. "Esta é uma decisão da Justiça do Trabalho e, em uma democracia, as regras devem ser cumpridas". Eduardo afirmou, no entanto, que não permitirá que os usuários dos ônibus sejam submetidos à paralisação ilegal. "Essa é uma greve do mundo privado; nós não podemos submeter a população a uma briga de bases sindicais e nem vamos permitir que os usuários sejam tratados como sacos de batatas".
O governador prometeu garantir a segurança da população e ressaltou também que entende as diferenças sindicais, mas que tais problemas sejam resolvidos nas urnas. "Muitas pessoas têm sido submetidas no sistema de transporte que tem defeitos no Brasil inteiro e ainda têm que conviver com uma realidade como esta", lamentou Eduardo. "Temos que tomar as atitudes, como seguranças nos terminais, e assistir à determinações que é do mundo privado".
Quando questionado sobre a questão do transporte público como concessão pública, o governador se esquivou. "Cabe às empresas cumprirem o papel que têm com o Estado; a solução trabalhista é com o Tribunal Regional do Trabalho".
TARIFA - No dia 18 de junho, dois dias antes da primeira mobilização na capital pernambucana, o governador anunciou uma redução das passagens de ônibus no Grande Recife. A tarifa diminuiu em R$ 0,10 em todos os anéis. A redução do preço foi provocada pela decisão do Governo do Estado de repassar a desoneração do PIS/Cofins feita pelo Governo Federal.
No início de junho, após o anúncio da desoneração pelo Governo Federal, o Governo do Estado informou que a redução nos preços das passagens só seria discutido em janeiro de 2014. Caso o reajuste acontecesse só no início do próximo ano e a redução fosse igualmente de 10 centavos, cada pessoa gastaria R$ 14,40 a mais de junho ao início de janeiro. O setor de transporte público da Região Metropolitana do Recife (RMR) fatura R$ 60 milhões por mês.
Ainda em entrevista à imprensa, o governador reiterou que, para dar aumento significativo para os rodoviários, será necessário aumentar o valor das tarifas e tal medida contraria a onda de mobilizações que atinge o País. "Querem que o Estado sente à mesa para quê? Para aumentar a passagem? Esse jogo é contra a populacão, no momento em que o Brasil todo reivindica para que se baixe a passagem. Nós não entraremos neste jogo".
Campos afirmou que, durante todo o período de negociações entre rodoviários e patronato, o Governo do Estado esteve presente nas reuniões com a equipe de articulação, no intuito de travar um diálogo de conciliação. "No momento que não houve acordo, ficou evidenciado uma briga politica que a população nao tem nada a ver", defendeu o governador, se referindo às divergências entre a presidência do Sindicato dos Rodoviários e a Oposição Rodoviária de Verdade.
A questão da ilegalidade da greve, que foi encerrada em julgamento de dissídio coletivo na noite dessa terça (2), foi outro ponto citado na entrevista. "Esta é uma decisão da Justiça do Trabalho e, em uma democracia, as regras devem ser cumpridas". Eduardo afirmou, no entanto, que não permitirá que os usuários dos ônibus sejam submetidos à paralisação ilegal. "Essa é uma greve do mundo privado; nós não podemos submeter a população a uma briga de bases sindicais e nem vamos permitir que os usuários sejam tratados como sacos de batatas".
O governador prometeu garantir a segurança da população e ressaltou também que entende as diferenças sindicais, mas que tais problemas sejam resolvidos nas urnas. "Muitas pessoas têm sido submetidas no sistema de transporte que tem defeitos no Brasil inteiro e ainda têm que conviver com uma realidade como esta", lamentou Eduardo. "Temos que tomar as atitudes, como seguranças nos terminais, e assistir à determinações que é do mundo privado".
Quando questionado sobre a questão do transporte público como concessão pública, o governador se esquivou. "Cabe às empresas cumprirem o papel que têm com o Estado; a solução trabalhista é com o Tribunal Regional do Trabalho".
TARIFA - No dia 18 de junho, dois dias antes da primeira mobilização na capital pernambucana, o governador anunciou uma redução das passagens de ônibus no Grande Recife. A tarifa diminuiu em R$ 0,10 em todos os anéis. A redução do preço foi provocada pela decisão do Governo do Estado de repassar a desoneração do PIS/Cofins feita pelo Governo Federal.
No início de junho, após o anúncio da desoneração pelo Governo Federal, o Governo do Estado informou que a redução nos preços das passagens só seria discutido em janeiro de 2014. Caso o reajuste acontecesse só no início do próximo ano e a redução fosse igualmente de 10 centavos, cada pessoa gastaria R$ 14,40 a mais de junho ao início de janeiro. O setor de transporte público da Região Metropolitana do Recife (RMR) fatura R$ 60 milhões por mês.
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