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segunda-feira, 9 de março de 2015

Em reação a protestos, Dilma refuta "3º turno" e "ruptura democrática"

Da Agência Brasil
A presidente Dilma Rousseff considerou os protestos contra ela e o governo ocorridos nesse domingo (8) como naturais de um país democrático, mas disse que não há razões para que o conteúdo dessas manifestações sejam pedidos de impeachment. “Aqui [no Brasil] as pessoas podem se manifestar. Eu sou de uma época em que se a gente se manifestasse, acabava na cadeia, podia ser torturado ou morto. Chegamos à democracia e temos que conviver com a manifestação. O que nós não podemos aceitar é a violência”, declarou em entrevista a jornalistas.
Enquanto o pronunciamento de Dilma à Nação era exibido, em cadeia nacional de rádio e TV, houve manifestações contrárias à presidenta em diversas capitais do País, nas formas de panelaço e buzinaço. Pelas mídias sociais, foram registrados protestos desse tipo em regiões de Brasília, do Rio de Janeiro, de São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia e Curitiba.
Questionada se as manifestações são válidas até quando pedem o seu impeachment, ela disse que, nesse caso, trata-se de “outra questão, de conteúdo. Acho que há que caracterizar as razões para impeachment, e não o terceiro turno das eleições. O que não é possível no Brasil é a gente também não aceitar a regra do jogo democrático. A eleição acabou, houve primeiro e segundo turno. Terceiro turno das eleições, para qualquer cidadão brasileiro, não pode ocorrer a não ser que você queira ruptura democrática. Se se quiser uma ruptura democrática, eu acredito que a sociedade brasileira não aceitará rupturas democráticas”.
Ela disse que quem convocar protestos pode convocar do jeito que quiser. “Ela [manifestação] vai ter as características que tiverem seus convocadores; agora, ela em si não representa nem a legalidade nem a legitimidade de pedidos que rompem a democracia”, declarou.

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