Resultados surpreendentes do Vestibular da UFPE suscitam polêmica
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
Do JC Online
O resultado inédito que dispôs na classificação geral do Vestibular 2011 da UFPE seis candidatos do curso de Música no ranking dos dez primeiros colocados da classificação vem gerando polêmica. Desde o vestibular 2010, o argumento final do pretedente a uma vaga no curso recebe pontuações também por testes práticos de execução musical. Diretores de escolas particulares consideram que os critérios de avaliação desconsideram os princípios de isonomia, que garantem que todos os inscristos sejam avaliados de maneira equivalente.
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"Esses alunos foram beneficiados pela diferenciação do cálculo da nota e chegaram ao topo sendo avaliados por sua competência artística, enquanto os demais foram selecionados de acordo com seu conhecimento intelectual. Isso é diferenciar, se for assim todo mundo tem que fazer exame prático. Quem quiser fazer gastronomia vai ter que preparar um prato", afirma Eduardo Belo, diretor do Colégio Motivo.
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"Esses alunos foram beneficiados pela diferenciação do cálculo da nota e chegaram ao topo sendo avaliados por sua competência artística, enquanto os demais foram selecionados de acordo com seu conhecimento intelectual. Isso é diferenciar, se for assim todo mundo tem que fazer exame prático. Quem quiser fazer gastronomia vai ter que preparar um prato", afirma Eduardo Belo, diretor do Colégio Motivo.
O educador também aponta que alunos da Escola do Recife, que figuram na quarta e na sexta colocação são implicitamente beneficiados pelo bônus de 10% creditados aos alunos egressos de escolas públicas. "Da mesma forma que não seria justo que alunos do colégios de Aplicação e Militar recebecem o bônus, os alunos da Escola do Recife - instituição de referência coordenada pela UPE - são excessões comparados aos alunos das rede estadual, com déficit educacional", argumenta.
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Diretor do Colégio Equipe e integrante da diretoria do Sindicato das Escolas Particulares de Pernambuco (Sinep), Armando Vasconcelos pondera que qualquer avaliação neste momento é superficial, é necessário investigar dados mais amplos, como o balanço do número de alunos da rede pública que consquistaram vagas para fazer uma consideração mais profunda.
"O perigo é generalizar e incorrer na interpretação de que um resultado pontual determinado em uma área específica de conhecimento seja apontado como uma melhora do ensino da escola pública, quando todas as avaliações nacionais como Senab mostram que Pernambuco ainda apresenta resultados medíocres. Acho que quando se defende que está nivelado e se tenta provar por esse ranking que a rede pública melhorou, isso traz embutido um discurso ideológico, o que considero uma incorrência irresponsável", pontuou Vasconcelos.
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Diretor do Colégio Equipe e integrante da diretoria do Sindicato das Escolas Particulares de Pernambuco (Sinep), Armando Vasconcelos pondera que qualquer avaliação neste momento é superficial, é necessário investigar dados mais amplos, como o balanço do número de alunos da rede pública que consquistaram vagas para fazer uma consideração mais profunda.
"O perigo é generalizar e incorrer na interpretação de que um resultado pontual determinado em uma área específica de conhecimento seja apontado como uma melhora do ensino da escola pública, quando todas as avaliações nacionais como Senab mostram que Pernambuco ainda apresenta resultados medíocres. Acho que quando se defende que está nivelado e se tenta provar por esse ranking que a rede pública melhorou, isso traz embutido um discurso ideológico, o que considero uma incorrência irresponsável", pontuou Vasconcelos.
CÁLCULO - A nota final para o candidato de música tem um cálculo diferencial. Além das notas do Enem, a primeira fase do vestibular leva em consideração a nota da prova de Solfejo, etapa prática de conhecimentos melódicos e rítmicos. Na segunda fase, há a prova prática de execução de instrumento. Tal nota também é pontuada na média final da segunda fase, juntamente com as avaliações de matérias específicas, além de língua portuguesa. Candidatos egressos de escolas públicas têm direito a um bônus de 10% da nota final. Neste ano, o bônus foi estendido para o aluno de qualquer escola do País, não mais apenas para pernambucanos.
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